KITAN: Conto C1

Gulamo era um menino de 12 anos que vivia em uma pequena aldeia em Moçambique. Um dia, ele acordou ao som de tiros e explosões. Ele correu para fora para ver o que estava acontecendo e foi recebido pela visão de soldados atacando sua aldeia. Ele viu sua mãe e irmãos correndo em sua direção e, instintivamente, se juntou a eles.

Eles correram pela floresta por horas, tentando escapar da violência e do caos. Ele podia ouvir os gritos dos vilarejos e o som de balas passando por eles. Eles estavam exaustos, com fome e com medo. A mãe de Gulamo os instigou a continuar, dizendo que tinham que encontrar um lugar seguro para se esconder.

Depois de alguns dias de corrida, eles se depararam com um campo de refugiados, onde centenas de pessoas estavam reunidas procurando abrigo da guerra civil. Eles estavam exaustos, sujos e com fome, mas finalmente se sentiram seguros. Eles foram alimentados, receberam água e um lugar para dormir.

O pai de Gulamo, que era médico, ficou para trás para ajudar os feridos em sua aldeia. Gulamo sentia muita falta do pai, mas sabia que ele estava fazendo algo importante.Os dias se transformavam em semanas, e as semanas em meses. A guerra continuava a causar estragos, mas Gulamo e sua família estavam seguros. Eles aprenderam a se adaptar à vida no campo de refugiados e fizeram novos amigos. Gulamo até frequentou a escola e aprendeu a ler e escrever.

Um dia, Gulamo recebeu a notícia de que seu pai estava morto enquanto tentava salvar a vida de um paciente. Gulamo ficou arrasado. Ele tinha perdido seu pai, seu herói. Mas ele sabia que seu pai havia morrido fazendo algo nobre, e isso o tornava orgulhoso. Um dia, eles receberam a notícia de que o pai de Gulamo estava vivo. Ele havia sido resgatado por alguns moradores locais e agora vivia em um campo de refugiados próximo. Gulamo ficou muito feliz com a notícia e mal podia esperar para se reunir com seu pai.

Os anos se passaram, e a guerra finalmente chegou ao fim. Gulamo e sua família voltaram para sua aldeia, mas nunca foi igual. Eles perderam muito, mas também ganharam muito. Eles sobreviveram a uma guerra, fizeram novos amigos e aprenderam a apreciar as coisas simples da vida. E, mais importante, encontraram força um no outro.