"Após a fervura, colava e não sabemos o que teria acontecido se as pessoas o tivessem consumido", disse um fiscal.
As alfândegas da Nigéria apreenderam 102 sacos de 50 quilogramas de arroz feito com plástico para ser vendido por ocasião das festas do fim do ano, na capital económica do país, Lagos.
Os sacos "arroz de plástico", marcado como o "melhor arroz de tomate" ("best tomato rice", em inglês), não indicavam a origem, nem a data de empacotamento e foram apreendidos na segunda-feira, no bairro de Ikeja, na cidade com 20 milhões de habitantes, disse na terça-feira um responsável das alfândegas, que pediu o anonimato.
Os serviços alfandegários pensam que os sacos entraram clandestinamente no país, provenientes da China, através do porto de Lagos, numa altura em que a Nigéria proibiu a importação de arroz para estimular a produção local deste alimento de base, acrescentou.
"Fizemos uma análise preliminar ao arroz de plástico. Após a fervura, colava e não sabemos o que teria acontecido se as pessoas o tivessem consumido", declarou Mohammed Haruna, fiscal alfandegário para a zona de Ikeja, citado pelos 'media' locais.
Haruna explicou que este "arroz" devia ter sido vendido antes das festas de Natal e Ano Novo, para aproveitar a subida do preço do arroz nos últimos meses.
Um saco de 50 quilogramas de arroz, que faz parte da alimentação básica na Nigéria, custa atualmente cerca de 20 mil nairas (60 euros), mais do dobro do que valia em dezembro do ano passado.
A inflação no país atingiu 18,5% em novembro, na 13.ª subida mensal consecutiva, nomeadamente no setor agroalimentar.
As alfândegas enviaram o "arroz" para a agência para a administração e controlo dos alimentos e medicamentos (NAFDAC) para análises mais pormenorizadas.
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Crédito=[DN]
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